Buen Viaje – Letras Bilíngues Espanhol/Português

• Por: Lágrimas de Sangre
• Álbum: Si uno no se rinde

Letras e Tradução

[Português]

Eu que nunca fui sherpa,

sei que alcançar o cume custa,

e que uma boa viagem nunca acaba perto.

Levo de bagagem esta cabeça teimosa.

Hoje me movo por trilhas novas

que mesmo assim me trazem lembranças antigas.

A mente é um espelho, está em cima da mesa

e se obstina em recordar o que não me interessa

quase. Tristezas, alegrias, alergias,

sinergias da energia, inércias que não terminam...

Este é o jogo do fogo e ser flamejante

exige o melhor de nós, queima o oxigênio.

Consegui enfiar minha pequena epístola no seu fone

e falar com uma rebelde em um disco-bar.

Eu sou apenas um terráqueo terrível e bipolar.

Tinha paixão avícola e não consegui voar,

mas mesmo assim ainda me jogo. Se eu cair

que seja pelo menos com empenho. Se eu acordar

que seja pelo menos de um bom sonho. Se eu me meter

que seja enfrentando o desafio como um homenzarrão,

olhando o dragão nos olhos. Que se eu me lançar no vazio

seja com os meus e com coragem.

Se eu te deixar envergonhado que seja com um elogio.

Que se eu te encontrar que você fique um tempo.

Porque, de fato, o que eu quero é que você goste,

que te pareça tão próximo que te assuste.

Você e eu nos divertindo esta noite.

Fique sexy e tire uma selfie que ilustre.

Eu não canto mentira,

viemos para ser água onde tudo queima.

A pedra da veia da terra que se incruste

na joia de uma alma que sofre e que quer seu suflê.

São trilhas que não caminhei.

Inflando meu peito, voltarei à montanha por louro.

Quando os afluentes se encontram

e cresce o leito, às vezes a corrente é cruel...

São trilhas que não caminhei

e que me levam uma e outra vez ao mesmo bordel.

São trilhas das quais se foge

quando é sua maldita lembrança que se prostitui.

Aqui seguimos firmes. Falamos de caminhos de vidas incombustíveis,

a isso nos referimos:

aos que são participantes na escolha do destino

e cultivam objetivos com fins pessoais.

Foi, no mínimo, mágico que no passado nos cruzássemos

e hoje é necessário nos despedirmos.

O instante em que ambos flutuamos de mãos dadas

eu guardo gravado caso precise lembrar.

Caso precise te lembrar, porque nem sempre sou forte.

Mais de uma vez quero me apegar ao esquecimento do presente

e me repetir que me dispus a ir embora

lutando contra a serpente faminta do meu ventre.

Se por mim fosse, eu ainda estaria com você.

Eu teria ficado com o tempo parado

e meu futuro hipotecado. Mas o inexorável nestes lugares

é vox populi. Ainda há detalhes a polir.

Confluir, compartilhar e, embora doa, concluir. Tão frio quanto lógico.

Aceitar o doloroso. Sei que costumava ser útil.

Não quero ser poderoso, nem tampouco um lutador sem graça,

na batalha vital, a corrida existencial.

Trilhas paralelas, mas de final dispar.

Para todos: um amor, um sangue, uma vida.

Voltaremos a nos encontrar no final da partida.

São trilhas que não caminhei.

Inflando meu peito, voltarei à montanha por louro.

Quando os afluentes se encontram

e cresce o leito, às vezes a corrente é cruel...

São trilhas que não caminhei

e que me levam uma e outra vez ao mesmo bordel.

São trilhas das quais se foge

quando é sua maldita lembrança que se prostitui.

...

Saio de casa de suspensórios

com as chaves na mão soltas.

Faz um calor estranho para uma tarde de maio. Que sufoco!

Olho para o céu e percebo.

Nada voltará a ser igual.

Cada fim de ciclo é necessário.

Aumento a música nos fones

e abro caminho atravessando o bairro.

Desde sempre sei que querem que sigamos a corrente.

Te dizem que é o que te convém.

Mas eu quero me mover e improvisar,

desaprendendo para poder avançar.

Luto contra o medo da liberdade.

Arrisco porque quero que algo novo venha.

E o coração age

por razões que a razão nunca entenderá.

A vida em rosa que pintam é raquítica,

chata e fria, como insípida,

com normas estúpidas assumidas. Prefiro enfrentar

todos os erros que a vida traz implícitos.

Mais um dia acordando tarde. Preciso me esclarecer.

Fecho decisões menos importantes para enfrentar as de verdade.

Eu não espero um trem, um trem que não chega.

A espera na plataforma é uma eternidade.

Um movimento constante traz um novo desafio

para fazer do sonho uma realidade.

De cada fim

nasce um princípio necessário.

Um trampolim,

e voltar a pular com pessoas afins até o confim.

Às vezes sinto a ferida da partida.

Mas há recompensas que ao chegar equilibram.

Sempre vem um fogo novo que vai e volta

e os amigos te animam.

...

[Espanhol]

Yo que nunca he sido sherpa,

se que coronar la cumbre cuesta,

y que un buen viaje nunca acaba cerca.

Llevo de equipaje esta cabeza terca.

Hoy me muevo por senderos nuevos

que aún así me traen recuerdos viejos.

La mente es un espejo, está encima de la mesa

y se obceca en recordar el percal que no me interesa

apenas. Penas, alegrías, alergias,

sinergias de la energía, inercias que no terminan...

Este es el juego del fuego y ser flamígeros

exige lo mejor de nosotros, quema el oxígeno.

Logré colar mi picola epístola en tu auricular

y hablar con una díscola en un disco-bar.

Yo soy solo un terrícola terrible y bipolar.

Tenía pasión avícola y no conseguí volar,

pero aún así aún me tiro. Si me despeño

al menos que sea poniendo empeño. Si me despierto

al menos que sea de un buen sueño. Si me la meto

al menos que sea enfrentando el reto como un hombretón,

mirando al dragón a los ojos. Que si me lanzo al vacío

sea con los míos y con arrojo.

Si te sonrojo que sea con un piropo.

Que si me topo contigo te quedes un trecho.

Porque, de hecho, yo lo que quiero es que te guste,

que te resulte tan cercano que te asuste.

Usted y yo pasándolo bien esta noche.

Ponte sexy y hazte un selfie que lo ilustre.

Yo no te canto embuste,

vinimos a ser agua allá donde todo combuste.

La piedra de la veta de la tierra que se incruste

en la joya de un alma que sufre y que quiere su suflé.

Son senderos que no caminé.

Inflándome el pecho volveré al monte a por laurel.

Cuando los afluentes confluyen

y crece el cauce, a veces la corriente es cruel...

Son senderos que no caminé

y que me llevan una y otra vez al mismo burdel.

Son senderos por los que se huye

cuando es tu puto recuerdo el que se prostituye.

Aquí seguimos firmes. Hablamos de caminos de vidas incombustibles,

a eso nos referimos:

a los que son partícipes en la elección del sino

y cultivan objetivos con personales fines.

Fue cuanto menos mágico que en el pasado nos cruzáramos

y hoy es necesario despedirnos.

El instante el que ambos fluctuamos de la mano

lo guardo grabado por si urge recordarlo.

Por si urge recordarte, por que no siempre soy fuerte.

Más de una vez quiero prenderme del olvido del presente

y repetirme que me dispuse a irme

luchando contra la serpiente hambrienta de mi vientre.

Si por mi hubiera sido yo seguiría contigo.

Me hubiera quedado con el tiempo detenido

y mi futuro hipotecado. Pero lo inexorable en estos lares

es vox populi. Aún quedan detalles por pulir.

Confluir, compartir y aunque duela concluir. Tan frío como lógico.

Aceptar lo doloroso. Se que solió ser útil.

No quiero ser poderoso, ni tampoco un soso púgil,

en la batalla vital, la carrera existencial.

Senderos paralelos pero de dispar final.

Para todos: un amor, una sangre, una vida.

Volveremos a encontrarnos al final de la partida.

Son senderos que no caminé.

Inflándome el pecho volveré al monte a por laurel.

Cuando los afluentes confluyen

y crece el cauce, a veces la corriente es cruel...

Son senderos que no caminé

y que me llevan una y otra vez al mismo burdel.

Son senderos por los que se huye

cuando es tu puto recuerdo el que se prostituye.

Salgo de casa en tirantes

con las llaves en la mano sueltas.

Hace un calor extraño para una tarde de mayo. ¡Agobio!

Miro el cielo y me doy cuenta.

Nada volverá ya a ser igual.

Cada fin de ciclo es necesario.

Subo la música en los cascos

y abro camino atravesando el barrio.

Desde siempre se que quieren que sigamos la corriente.

Te dicen que es lo que te conviene.

Pero yo quiero moverme e improvisar,

desaprendiendo para poder avanzar.

Lucho contra el miedo a la libertad.

Arriesgo porque quiero que algo nuevo venga.

Y el corazón actúa

por razones que la razón nunca entenderá.

La vie en rose que pintan es raquítica,

aburrida y fría, como insípida,

con normas estúpidas asumidas. Prefiero afrontar

todos los errores que la vida lleva implícita.

Otro día más despertando tarde. Necesito aclararme.

Cierro decisiones menos importantes para afrontar las de verdad.

Yo no espero un tren, un tren que no llega.

La espera en el andén es una eternidad.

Un constante movimiento trae un nuevo reto

para hacer del sueño una realidad.

De cada fin

nace un principio necesario.

Un trampolín,

y volver a saltar con gente afín hasta el confín.

A veces siento la herida de la partida.

Pero hay recompensas que al llegar lo equilibran.

Siempre viene un fuego nuevo que va y vuelve

y los amigos te animan.

Vocabulário chave

Vocabulário	Significados
sherpa /ˈʃɜːr.pə/ B2	noun - um membro de um povo do Himalaia conhecido por sua habilidade em montanhismo
cumbre /ˈkʌm.breɪ/ B1	noun - o ponto mais alto de uma montanha
viaje /ˈvi.ɑː.hedʒ/ A2	noun - uma viagem
recuerdos /rɪˈkwɜːr.doz/ B1	noun - lembranças
energía /ˌɛn.ərˈdʒiː.ə/ A2	noun - energia
fuego /ˈfweɪ.ɡoʊ/ A1	noun - fogo
pasión /pæˈsiː.ən/ B1	noun - paixão
sueño /ˈsweɪ.njoʊ/ A2	noun - sonho
recuerdo /rɪˈkwɜːr.doʊ/ B1	noun - lembrança
reto /ˈreɪ.toʊ/ B1	noun - desafio
corriente /kəˈrɪn.tə/ B2	noun - corrente
vida /ˈviː.də/ A1	noun - vida
camino /kəˈmiː.noʊ/ A2	noun - caminho
amigos /əˈmiː.ɡoʊs/ A1	noun - amigos

Estruturas gramaticais chave

• Yo que nunca he sido sherpa, se que coronar la cumbre cuesta.

  ➔ O presente perfeito (he sido) para indicar uma experiência até o presente.

  ➔ A frase "nunca he sido" enfatiza que o falante nunca foi um sherpa.

• La mente es un espejo, está encima de la mesa.

  ➔ O presente simples (es, está) para descrever um estado ou um fato.

  ➔ A frase "La mente es un espejo" sugere que a mente reflete pensamentos e sentimentos.

• Si me lanzo al vacío sea con los míos y con arrojo.

  ➔ O modo subjuntivo (sea) para expressar um desejo ou uma situação hipotética.

  ➔ A frase "Si me lanzo al vacío" indica uma disposição para assumir riscos.

• A veces la corriente es cruel.

  ➔ O presente simples (es) para expressar uma verdade geral.

  ➔ A frase "la corriente es cruel" reflete as duras realidades da vida.

• Cierro decisiones menos importantes para afrontar las de verdad.

  ➔ O presente (cierro) para indicar uma ação que está ocorrendo atualmente.

  ➔ A frase "cierro decisiones menos importantes" sugere priorizar escolhas significativas.

• Siempre viene un fuego nuevo que va y vuelve.

  ➔ O presente simples (viene) para expressar uma ação habitual.

  ➔ A frase "un fuego nuevo que va y vuelve" simboliza novas oportunidades que surgem.

• Un trampolín, y volver a saltar con gente afín hasta el confín.

  ➔ A forma infinitiva (volver) para expressar um propósito ou uma intenção.

  ➔ A frase "volver a saltar" indica um desejo de assumir riscos novamente.